Além de ser uma das bandas pioneiras a misturar o Hard e o Prog, o Toe Fat ainda serviu como vitrine musical para que seus integrantes pudessem sair do underground londrino e entrassem de vez no mainstream quando posteriormente fizeram parte de uma dezena de outros grandes grupos, como o Uriah Heep e o Bee Gees.
Seu valor pode ter sido reconhecido apenas tardiamente, mas o Toe Fat será sempre lembrado como uma das melhores bandas injustiçadas de todos os tempos.
The Gods e Cliff Bennett & the Rebel Rousers

A formação do Toe Fat
Influenciado pela nova cena que surgia com bandas como o Led Zeppelin e o Humble Pie que elevavam o movimento Heavy/Blues criado pelo Cream a níveis altíssimos de distorção e peso, Bennett resolve começar uma nova banda nestes moldes e saí à procura de músicos experientes para se juntarem a ele, foi apresentado ao multi-instrumentista Ken Hensley (ex-The Gods) por seu empresário que agendou um jantar de negócios entre os dois, onde firmaram o acerto de formarem uma nova banda, naquela mesma noite escolheram o nome Toe Fat, uma esdrúxula sugestão do manager que queria o nome mais repulsivo possível. Graças a alguns contatos e amizades que Bennett havia cultivado durante seus tempos no Rebel Rousers logo ele descolaria um contrato para a gravação de dois álbuns, no Reino Unido pelo selo Parlophone e nos EUA pela Rare Earth, um braço mais Rocker da Motown.
Com a maioria dos detalhes acertados, só faltava mesmo gente para ajudar a colocar o projeto pra frente, enquanto Hensley convida o baterista Lee Kerslake com quem havia tocado no The Gods, o baixista John Konas seria escolhido para o posto após algumas audições, mas não durou muito no cargo e acabou se demitindo pouco antes do início das gravações devido aos vários desentendimentos com Bennett, quem acabou ficando com seu posto foi John Glascock (outro ex-membro do The Gods).
A estréia em vinil – Bennett vs. Hensley

Bad Side of the Moon
Voltando para Londres, começaram a trabalhar em novas composições para o seu segundo álbum (já previsto em um contrato firmado pela banda) e enquanto isso chegaria às lojas o primeiro single do grupo extraído da sua estréia homônima, contendo “Just Like Me” no lado A e “Bad Side of the Moon” (original de Elton John) como lado B. Curiosamente o lado B acabou fazendo mais sucesso que o carro-chefe do single, o que motivou a Parlophone a colocar um segundo compacto no mercado contendo “Bad Side of the Moon” como lado A e “Working Nights” como lado B. Mesmo com o single alcançando boas posições nas paradas – principalmente nos EUA – o álbum não parecia decolar e a banda é forçada a interromper as gravações do seu segundo disco para tentar fazer dinheiro na estrada, isso devido às pressões da gravadora que ameaçava os despedir se continuassem sem dar o retorno esperado.
Sem conseguir bons shows no Reino Unido, o Toe Fat resolve mesmo é apostar no mercado americano e embarcam novamente para a Terra do Tio Sam, mas agora como banda principal e não abrindo shows para outro grupo.
Novas mudanças
Com o final da nova tour, já em 1971 o ex-Toe Fat – agora membro do Uriah Heep – Ken Hensley convida o baterista Lee Kerslake a integrar seu novo grupo, este aceita e sem exitar abandona o grupo em meio as gravações de seu segundo disco, o jeito foi recrutar as pressas o irmão mais novo de John, Brian Glascock, ainda inexperiente, tendo tocado apenas em bandas amadoras da época. Com tudo praticamente pronto durante a mixagem do novo álbum – que já tinha até nome: Toe Fat Two – os executivos da EMI, irritados com a pouca vendagem do primeiro disco resolvem troca-los de selo, jogando o grupo para o menor Regal Zonophone e deixando-os quase sem visibilidade comercial na Inglaterra.
O sucesso posterior

Discográfia básica:
Toe Fat (1970) - download
Toe Fat Two (1971) - download
senha para desbloqueio dos arquivos: acidexp
Nenhum comentário:
Postar um comentário